segunda-feira, junho 12, 2017

Post 6258 Livros 2017 (118) A Desenhadora de Malvas de Isabel Fraga




 A Desenhadora de Malvas de Isabel Fraga

Wook.pt - A Desenhadora de Malvas

(um livro que se pode adquirir na Wook por 2,90 € ou na Fnac.pt por 2,61 €)

Na capa e contracapa:

"O rigor histórico e a poesia numa delicada linguagem do invisível"

"Numa velha moradia da Lapa, hoje totalmente remodelada, uma família vê o seu quotidiano subtilmente penetrado pelos sentimentos de uma mulher que ali viveu no início do século XX e cujo espírito se recusa a partir. Entre os dias de tédio de Martine, que colecciona bules de porcelana, a frustração de Augusto, pianista sem carreira e a tristeza de Elisa, no labirinto dos trinta anos, sem emprego e sem amor, Laura Dias, presa à teia de um tempo sem princípio nem fim, continua a pintar as suas malvas nas águas-furtadas de onde avistava o rio, enquanto descobria os poemas de Florbela Espanca.
De que modo a sua presença será determinante na vida desta família é o que narra este romance que faz conviver duas épocas e onde o rigor histórico, político e social se mescla com a música e com a poesia através da delicada linguagem do invisível"  - (Não concordei com descrição)

"Isabel Fraga nasceu em Agosto de 1950. Durante 10 anos foi copywriter em diversas agências de publicidade, antes de se dedicar exclusivamente à tradução. Traduziu, entre muitos outros, Erich Fromm, J.K. Rowling, Antonio Soler, Juan Goytisolo, Francis Bryan, Patricia Cornewell, Minette Walters, Cesar Vidal e Joanne Harris.
Obras publicada:
Face (poesia), 1984;
Seres Sentidos (contos) 2000, traduzido em França;
Apreço de Ocasião (romance) 2001, traduzido em França;
Pátio interior (poesia) 2002;
Mulheres em Contraluz (romance) 2004"
"(,,,) Uma escritora contida, capaz de, a partir de quotidianos banais e sem história, revelar o âmago de múltiplas personagens. Sem que Isabel Fraga as exponha, antes as dê a ver tanto pelo que delas nos diz, quando pelo que, a partir daí, poderemos imaginar. Este distanciamento (este pudor) é coerente com a aura de melancolia comum a todas as personagens" - Rodrigues da Silva, JL
"Trata-se de uma escritora em íntima articulação com a obsessão do real, o que é alcançado através de pequenos sinais, sabiamente disseminados, que equacionam a pouco e pouco a transformação e a precariedade dos afectos." Maria Graciete Besse, Colóquio/Letras

Pág. 34
"Todos os dias ao amanhecer parecem ter tonalidades brancas, braços ondulantes, brumas de sono.
Quem me ensinou, e quando, que a água se evapora, que a água gela? Que a água pode ser visível, invisível, densa ou subtil?
Quem me soprou baixinho ao ouvido que o ser humano é alma e água e degelo. Vapor sobre o rio à procura de si."


Temos um livro com uma narração e personagens de dois tempos distintos que em comum têm a casa e algo mais, de que nos vamos apercebendo à medida que lemos. As personagens aparecem-nos como bem construídas, é fácil crer nelas e na sua realidade, querer saber o que aconteceu a Laura no passado, o que irá acontecer no presente a Elisa. E é a  realidade das personagens e das suas vidas que torna mais interessante o contacto ou interferência entre elas que seria à partida impossível.
Gostei deste livro e vou procurar ler outros livros desta autora.

2 comentários:

  1. Parece ser muito interessante. E nunca li nada desta autora.
    Abraço

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  2. Eu gostei :) (foi o primeiro livro que li desta autora)
    um beijinho

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